Formiga Bossa Nova

Minuciosa formiga
não tem que se lhe diga:
leva a sua palhinha
asinha, asinha.

Assim devera eu ser
e não esta cigarra
que se põe a cantar
e me deita a perder.

Assim devera eu ser:
de patinhas no chão,
formiguinha ao trabalho
e ao tostão.

Assim devera eu ser
se não fora
não querer.


Adriana Calcanhotto

Composição: Música de Alain Oulman sobre poema de Alexandre OÂ’Neill, "Velha fábula em bossa nova"

0 comentários